Segunda Batalha do Somme

Segunda Batalha do Somme
Frente Ocidental, Primeira Guerra Mundial

Soldados britânicos junto a um tanque Mark I modificado, chamado Kingston, em Miraumont, a 26 de agosto de 1918.
Data 21 de agosto – 2 de setembro de 1918
Local Rio Somme, França
Desfecho Vitória dos Aliados
Beligerantes
Reino Unido Império Britânico Estados Unidos Império Alemão
Comandantes
Reino Unido Douglas Haig
Reino Unido Henry Rawlinson
Arthur Currie
Austrália John Monash
Erich Ludendorff
Forças
Reino Unido 3º Exército
Reino Unido 4º Exército
2º Corpo de Exército
2º Exército
Baixas
11 500 mortos ou feridos
5 600 mortos ou feridos
Pesadas (6 000 aprisionados)
Tropas neozelandesas do Império Britânico, em setembro de 1918.

A Segunda Batalha do Somme, travada em 1918, foi uma batalha lutada nas fases finais da Primeira Guerra Mundial, na Frente Ocidental, entre agosto e setembro, na bacia do Rio Somme. Foi parte de uma série de bem sucedidos contra-ataques por parte dos Aliados, em resposta a Ofensiva de Primavera alemã.[1]

A batalha

No começo de agosto, os alemães foram detidos no Marne, pausando de vez sua grande Ofensiva de Primavera de 1918. Os Aliados logo se puseram a contra-atacar, com o marechal francês Ferdinand Foch exigindo que o comandante geral britânico, Sir Douglas Haig, enviasse reforços para sustentar as ofensivas aliadas durante a Batalha de Amiens. Haig, contudo, se recusou, sabendo que os alemães já estavam movendo suas reservas para proteger o setor. Ele preferiu reunir seus homens para atacar o rio Somme, mobilizando uma tropa britânica, canadense e australiana, apoiada pelo 2º Corpo do Exército dos Estados Unidos.[2]

Em 21 de agosto de 1918, os britânicos atacaram a cidade de Bapaume, ao norte do Somme, dando início a ofensiva. O ataque inicial foi bem sucedido, forçando os alemães a recuar 55 km. A 26 de agosto, os Aliados avançaram 12 km em Arras. Três dias depois, Bapaume caiu em mãos britânicas. Em 31 de agosto, tropas australianas cruzaram, em peso, o rio Somme e quebraram as linhas alemãs durante a Batalha do Monte Saint-Quentin. Os australianos ainda tomaram, quase ao mesmo tempo, a importante cidade de Péronne. O general Henry Rawlinson, comandante do 4º Exército Britânico, descreveu os avanços australianos de 31 de agosto—4 de setembro como "alguns dos maiores feitos militares da guerra".[3]

A 2 de setembro, os canadenses, após uma dura batalha, avançaram sobre as linhas alemãs de Drocourt-Quéant, a oeste da Linha Hindenburg. Para conquistar esta vitória, os canadenses perderam 5 600 homens, mas foi reportado que eles infligiram "pesadas baixas" nos alemães, fazendo ao menos 6 000 prisioneiros. Neste mesmo dia, o general Erich Ludendorff ordenou que o exército alemão recuasse até o Canal du Nord, no departamento Norte da França, revertendo assim quase todos os progressos que os alemães fizeram durante sua Ofensiva de Primavera. No fim de setembro, os Aliados atacariam Canal du Nord diretamente e conquistariam outra vitória.[1]

Referências

  1. a b «Second Battle of the Somme». Encyclopædia Britannica. Consultado em 11 de agosto de 2018 
  2. Harper, Glyn (2003). Spring Offensive: New Zealand and the Second Battle of the Somme. [S.l.]: HarperCollins. ISBN 186950481X. OCLC 54528921 
  3. Cowley, Robert (1964). 1918: Gamble for Victory: The Greatest Attack of World War I. [S.l.]: Macmillan. OCLC 861763448 

Ver também

  • v
  • d
  • e
Teatro Europeu: (Balcãs • Frente Ocidental • Frente Oriental • Campanha Italiana)
Teatro do Oriente Médio: (Cáucaso • Mesopotâmia • Sinai e Palestina • Gallipoli • Pérsia • Arábia do Sul)
Teatro Africano: (Sudoeste • Ocidente • Oriente • Norte)
Teatro da Ásia e Pacífico: (Cerco de Tsingtao)
Oceano Atlântico
Principais participantes
Potências da Entente
(Líderes)
Potências Centrais
(Líderes)
Linha do tempo
Pré-conflitos
Revolução Mexicana (1910–1920) • Guerra ítalo-turca (1911–1912) • Primeira Guerra dos Balcãs (1912–1913) • Segunda Guerra dos Balcãs (1913)
Prelúdio
1914
1915
1916
1917
1918
Outros conflitos
Revolta Maritz (1914–1915) • Angola (1914–1915) • Conspiração Hindu-Alemã (1914–1919) • Revolta da Páscoa (1916) • Revolução Russa (1917) • Guerra civil finlandesa (1918)
Pós-conflitos
Guerra Civil Russa (1917–1921) • Guerra Civil Ucraniana (1917–1921) • Guerra Armeno-Azeri (1918–1920) • Guerra Armeno-Georgiana (1918) • Revolução Alemã (1918–1919) • Guerra húngaro-romena (1918–1919) • Revolta na Grande Polônia (1918–1919) • Guerra de Independência da Estônia (1918–1920) • Guerra de Independência da Letônia (1918–1920) • Guerras de Independência da Lituânia (1918–1920) • Terceira Guerra Anglo-Afegã (1919) • Guerra polaco-soviética (1919–1921) • Guerra de Independência da Irlanda (1919–1921) • Guerra de Independência Turca incluindo a Guerra Greco-Turca (1919–1923) • Guerra polaco-lituana (1920) • Guerra soviético-georgiana (1921) • Guerra Civil Irlandesa (1922–1923)
Aspectos
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Acordos /
Tratados
Partilha do Império Otomano • Sykes-Picot • St.-Jean-de-Maurienne • Franco-Armênio • Damasco • Conferência de Paz de Paris • Tratado de Brest-Litovsk • Tratado de Lausanne • Tratado de Londres • Tratado de Neuilly • Tratado de St. Germain • Tratado de Sèvres • Tratado de Trianon • Tratado de Versailles
Consequências
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