Regimento Regular de Cavalaria de Minas
Regimento Regular de Cavalaria de Minas | |
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Antigo Quartel dos Dragões d'El-Rei, sede do RRCM, em Cachoeira do Campo, Ouro Preto | |
País | Império Português (1775-1822) Império do Brasil (1822-1831) |
Estado | Brasil |
Corporação | Exército Português (1775-1822) Exército Brasileiro (1822-1831) |
Subordinação | Governo da Capitania de Minas Gerais |
Missão | Defesa territorial e garantia da lei e da ordem |
Denominação | Dragões Reais de Minas |
Sigla | RRCM |
Criação | 1775 |
Aniversários | 9 de junho |
Extinção | 1831 |
Sede | |
Quartel | Vila Rica |
Regimento Regular de Cavalaria de Minas (RRCM) foi uma unidade do Exército Português no Brasil e, mais tarde, do Exército Imperial Brasileiro. A unidade era também conhecida como "Dragões Reais de Minas" ou "Dragões d'El-Rei" em virtude de ter tido origem nas companhias de dragões de Minas Gerais. Em 1808, passou a designar-se "Regimento de Cavalaria de Linha de Minas Gerais" ou "Regimento de Cavalaria de Linha de Vila Rica" e em 1824 passou a designar-se "2º Regimento de Cavalaria de 1ª Linha". Foi extinto em 1831. Hoje em dia, é considerado a célula-máter da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.[1]
História
A criação do Regimento Regular de Cavalaria de Minas, se deu em 9 de junho de 1775, no Quartel dos Dragões D'El-Rei, situado na antiga Vila Rica (atual Ouro Preto), no distrito de Cachoeira do Campo. O Regimento foi formado pela reunião de três companhias de dragões que tinham sido enviadas de Portugal para Minas Gerais, as duas primeiras em 1719 e a terceira em 1729. Até 1757, estas companhias estiveram na dependência direta do vice-Rei do Brasil, passando então para a dependência do governo da Capitania de Minas Gerais. O Regimento tinha como missão principal, a da garantia da lei e da ordem nas atividades de exploração do ouro e a fiscalização da cobrança de impostos.
O RRCM - onde serviu o alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido pela alcunha de Tiradentes - é considerado um dos berços da liberdade do Brasil, pelo importante papel na Inconfidência Mineira.
O antigo Quartel dos Dragões d'El Rei - ainda intacto - abrigou as Escolas Dom Bosco, fundadas em 1896, com pluralidade de cursos instalados: Primário, Secundário, Curso Profissional de Agronomia, Mestres e Contramestres em Artes e Ofícios. Na sua fachada, ainda se encontra um brasão das Armas Reais de Portugal, de autoria do mestre Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, esculpido em 1779.
Na sequência da reorganização das forças militares no Brasil decretadas pelo Rei D. João VI, em 1808, o RRCM passa a designar-se "Regimento de Cavalaria de Linha de Minas Gerais". Na mesma altura, duas companhias do Regimento de Cavalaria de Minas que se encontravam destacadas no Rio de Janeiro juntam-se ao Esquadrão de Cavalaria da Guarda dos Vice-Reis para formarem o novo 1º Regimento de Cavalaria do Exército.
Com a Independência do Brasil, o Regimento de Cavalaria de Linha de Minas Gerais passa a integrar o novo Exército Brasileiro. Por decreto de 1º de dezembro de 1824 do Imperador D. Pedro I do Brasil, a unidade passa a designar-se "2º Regimento de Cavalaria de 1ª Linha".
Por decreto de 4 de maio de 1831, o Regimento foi extinto.
Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes
O atual Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes (RCAT) da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais é considerado o herdeiro das antigas tradições do Regimento Regular de Cavalaria de Minas.
Referências
- ↑ Vieira, Fábio Antunes (2007). De policiais a combatentes: A PM de Minas e a Identificação com a DSN em Meados do Século XX (PDF) (Dissertação). Montes Claros: Unimontes. Consultado em 11 de junho de 2020 . p. 28-30.
Bibliografia
- COTTA, Francis Albert "Para além da desclassificação e da docilização dos corpos: organização militar nas Minas Gerais do século XVIII", in Mneme - Revista de Humanidades n.º 03, fevereiro/março de 2003[ligação inativa]
- RODRIGUES, J. W., Uniformes do Exército Brasileiro, Rio de Janeiro: Ministério da Guerra, 1922