Lei de Planck

Radiação de corpo negro

A Lei de Planck para radiação de corpo negro exprime a radiância espectral em função da frequência e da temperatura do corpo negro.

I ( ν , T ) = 2 h ν 3 c 2 1 ( e h ν k T 1 ) {\displaystyle I(\nu ,T)={\frac {2h\nu ^{3}}{c^{2}}}{\frac {1}{(e^{\frac {h\nu }{kT}}-1)}}}

A tabela seguinte descreve as variáveis e unidades utilizadas:

Variável Descrição Unidade
I {\displaystyle I\,} radiância espectral J•s−1•m−2•sr−1•Hz−1
ν {\displaystyle \nu \,} frequência hertz
T {\displaystyle T\,} temperatura do corpo negro kelvin
h {\displaystyle h\,} constante de Planck joule / hertz
c {\displaystyle c\,} velocidade da luz no vácuo metros / segundo
e {\displaystyle e\,} número de Euler sem dimensão
k {\displaystyle k\,} constante de Boltzmann joule / kelvin

O comprimento de onda está relacionado a frequência como (supondo propagação de uma onda no vácuo):

λ = c ν . {\displaystyle \lambda ={c \over \nu }.}

Pode-se escrever a Lei de Planck em termos de energia espectral:

u ( ν , T ) = 4 π c I ( ν , T ) = 8 π h ν 3 c 3   1 ( e h ν k T 1 ) {\displaystyle u(\nu ,T)={4\pi \over c}I(\nu ,T)={\frac {8\pi h\nu ^{3}}{c^{3}}}~{\frac {1}{(e^{\frac {h\nu }{kT}}-1)}}}

A energia espectral também pode ser expressa como função do comprimento de onda:

u ( λ , T ) = 8 π h c λ 5 1 ( e h c λ k T 1 ) {\displaystyle u(\lambda ,T)={8\pi hc \over \lambda ^{5}}{1 \over (e^{\frac {hc}{\lambda kT}}-1)}}

Max Planck produziu esta lei em 1900 e a publicou em 1901, na tentativa de melhorar a expressão proposta por Wilhelm Wien que adequou dados experimentais para comprimentos de onda curtos desviados para comprimentos de onda maiores. Ele estabeleceu que a Lei de Planck adequava-se para todos os comprimentos de onda extraordinariamente bem. Ao deduzir esta lei, ele considerou a possibilidade da distribuição de energia eletromagnética sobre os diferentes modos de oscilação de carga na matéria. A Lei de Planck nasceu quando ele assumiu que a energia destas oscilações foi limitada para múltiplos inteiros da energia fundamental E, proporcional à frequência de oscilação ν {\displaystyle \nu } [1]:

E = n h ν {\displaystyle E={nh\nu }} .

Planck acreditava que a quantização aplicava-se apenas a pequenas oscilações em paredes com cavidades (que hoje conhecemos como átomos), e não assumindo as propriedades de propagação da Luz em pacotes discretos de energia. Além disto, Planck não atribuiu nenhum significado físico a esta suposição, mas não acreditava que fosse apenas um resultado matemático que possibilitou uma expressão para o espectro emitido pelo corpo negro a partir de dados experimentais dos comprimentos de onda. Com isto Planck pôde resolver o problema da catástrofe do ultravioleta encontrada por Rayleigh e Jeans que fazia a radiância espectral tender ao infinito quando o comprimento de onda aproximava-se de zero, o que experimentalmente não é observado. É importante observar também que para a região do visível a fórmula de Planck pode ser aplicada pela aproximação de Wien e da mesma forma para temperaturas maiores e maiores comprimentos de onda podemos ter também a aproximação dada por Rayleigh e Jeans.

Ver também

  • Lei de Rayleigh-Jeans

Referências

Bibliografia

Halliday, David; Resnick, Jearl Walker. Fundamentos de Física v.4 - 8a edição.

Planck, M. (1901). «Über das Gesetz der Energieverteilung im Normalspektrum». Annalen der Physik. 4: 553. Bibcode:1901AnP...309..553P. doi:10.1002/andp.19013090310  Translated in Ando, K. «On the Law of Distribution of Energy in the Normal Spectrum» (PDF). Consultado em 13 de outubro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 6 de outubro de 2011 

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