Clorexidina

Clorexidina
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC (1E)-2-[6-[[amino-[(E)-[amino-(4-chloroanilino)methylidene]amino]methylidene]amino]hexyl]-1-[amino-(4-chloroanilino)methylidene]guanidine
Identificadores
Número CAS 55-56-1
PubChem 5353524
DrugBank APRD00545
ChemSpider 2612
Código ATC A01AB03
SMILES
 
  • Clc2ccc(NC(=N/C(=N/CCCCCC/N=C(/N=C(N)Nc1ccc(Cl)cc1)N)N)N)cc2
InChI
1S/C22H30Cl2N10/c23-15-5-9-17(10-6-15)31-21(27)33-19(25)29-13-3-1-2-4-14-30-20(26)34-22(28)32-18-11-7-16(24)8-12-18/h5-12H,1-4,13-14H2,(H5,25,27,29,31,33)(H5,26,28,30,32,34)
Propriedades
Fórmula química C22H30Cl2N10
Massa molar 505.45 g mol-1
Aparência líquido
Ponto de fusão

134 °C

Solubilidade em água 0.8 g/L (solúvel)
Farmacologia
Ligação plasmática 87%
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

O gluconato de clorexidina (citado também como digluconato de clorexidina ou digliconato de clorexidina, ou simplesmente clorexidina) é um antisséptico químico, com ação antifúngica e bactericida, capaz de eliminar tanto bactérias gram-positivas quanto gram-negativas. Possui também ação bacteriostática, inibindo a proliferação bacteriana.

Acredita-se que o mecanismo de ação ocorra através da ruptura da membrana celular, e não pela inativação por ATPase como se pensava anteriormente.[carece de fontes?]

Em 1979, a Clorexidina foi considerada pelo World Health Organization (WHO, Organização das Nações Unidas - ONU) como substância essencial e passou a ser um produto de primeira escolha.[1]

Sua toxidade conforme a DL 50 é de 1.800 mg/kg/dia (peso corporal) o que a torna praticamente atóxica, além de não ser poluente e não exalar gases.

Produtos contendo o Gluconato de Clorhexidina em altas concentrações devem ser mantidos longe dos olhos (podendo causar úlceras de córnea) e do ouvido médio (podendo provocar surdez), entretanto é utilizado em pequenas concentrações em algumas soluções para lentes de contato.

Aplicações dentais

Ver também: Antissépticos, Antisséptico bucal

Em otologia, geralmente é utilizado como ingrediente ativo em exaguantes bucais para combater a placa bacteriana e outras bactérias orais.

Produtos a base de gluconato de clorexidina geralmente são utilizados no combate ou prevenção de afecções gengivais, como a gengivite. De acordo com a Colgate,[2] não há provas de que o gluconato de clorexidina reduza cálculos subgengivais e em alguns estudos, foi capaz de aumentar esse depósito.

Desativação

A clorexidina é desativada por compostos aniônicos, incluindo o surfactante aniônico comumente utilizado como detergente em cremes dentais e soluções bucais. Por essa razão, soluções para enxágue bucal à base de clorexidina devem ser usadas, no mínimo, trinta minutos após outros produtos dentais. Para melhores efeitos, comer, beber, fumar e utilizar soluções de enxágüe devem ser evitada por no mínimo 30 minutos após o uso.

Outras aplicações

O Gluconato de clorexidina também é utilizado em aplicações não-dentais. É geralmente utilizado na limpeza da pele em pré-operatórios e também em alguns pequenos procedimentos invasivos como substituto a soluções contendo iodo.

A Clorexidina também é considerada eficaz para sanitizar e desinfetar equipamentos, utensílios, superfícies, ambientes e também é utilizado na limpeza CIP. É utilizada em frigoríficos, abatedouros, laticínios, e indústrias de alimentos em geral.[carece de fontes?]

Ver também

Referências

  1. The selection and use of essential medicines
  2. [1][ligação inativa]

Bibliografia

  • Zupan, Jelka; Garner, Paul; Omari, Aika AA (19 de julho de 2004). «Topical umbilical cord care at birth». The Cochrane Database of Systematic Reviews (3). ISSN 1469-493X. PMC 6457922Acessível livremente. PMID 15266437. doi:10.1002/14651858.CD001057.pub2. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  • MULLANY, LUKE C.; DARMSTADT, GARY L.; TIELSCH, JAMES M. (novembro de 2003). «Role of antimicrobial applications to the umbilical cord in neonates to prevent bacterial colonization and infection: a review of the evidence». The Pediatric infectious disease journal (11): 996–1002. ISSN 0891-3668. PMC 1317298Acessível livremente. PMID 14614373. doi:10.1097/01.inf.0000095429.97172.48. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  • Block, Seymour Stanton (2001). Disinfection, sterilization, and preservation (em English). Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins. OCLC 44110467  !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)
  • Silva, Décio Adair Rebellatto da; Costa, Mateus Matiuzzi da; Vargas, Agueda Castagna de; Alievi, Marcelo Meller; Schossler, João Eduardo Wallau; Silva, Tatiana Resende da (junho de 2000). «O gluconato de clorexidina ou o álcool-iodo-álcool na antissepsia de campos operatórios em cães». Ciência Rural (3): 431–437. ISSN 0103-8478. doi:10.1590/S0103-84782000000300010. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  • Labbate, Rogério; Lehn, Carlos Neutzling; Denardin, Odilon Victor Porto (junho de 2003). «Efeito da clorexidina na mucosite induzida por radioterapia em câncer de cabeça e pescoço». Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (3): 349–354. ISSN 0034-7299. doi:10.1590/S0034-72992003000300009. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  • Cortelli, José Roberto; Thénoux, Raul Emilio de La Sotta (2007). «Ação dos enxaguatórios bucais contra microrganismos bucais». Brazilian Oral Research (spe): 23–28. ISSN 1806-8324. doi:10.1590/S1806-83242007000500005. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
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  • d
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