António de Azevedo Castelo Branco

António de Azevedo Castelo Branco
António de Azevedo Castelo Branco
Par do Reino de Portugal
Período 1896 a 1910
Dados pessoais
Nascimento 23 de dezembro de 1842
Vilarinho de Samardã, Vila Real, Reino de Portugal Portugal
Morte 5 de janeiro de 1916
Lisboa, Portugal Portugal
Nacionalidade português
Progenitores Mãe: Carolina Rita Botelho Castelo Branco
Pai: Francisco José de Azevedo
Alma mater Universidade de Coimbra
Religião Catolicismo
Profissão Advogado, Jurista, Escritor, Poeta
Serviço militar
Condecorações Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada

António de Azevedo Castelo Branco GCTE (Vila Real, Vilarinho de Samardã, 23/25 de Dezembro de 1842 - Vila Real, Casa de Tinjeiras, 5 de Janeiro de 1916) foi um advogado, jurista, escritor, poeta e político português.[1]

Biografia

Era filho de Francisco José de Azevedo (Vila Real, Vilarinho de Samardã, 1812 - ?) e de sua mulher D. Carolina Rita Botelho Castelo Branco (Lisboa, Socorro, 24 de Março de 1821 - ?), irmã de Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, 1.° Visconde de Correia Botelho e pai do 1.° Visconde de São Miguel de Seide,[1] e irmão de José de Azevedo Castelo Branco.

Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde se afirmou Poeta de real valor.[1]

Advogado, iniciou a carreira política com o obscuro cargo de Administrador do Concelho de Murça e, em 1879, pelo Círculo Eleitoral de Vila Real, foi, pela primeira vez, eleito Deputado, função para a qual voltou a ser escolhido noutras Legislaturas, ocupando, por vezes, a Presidência da respectiva Câmara dos Deputados.[1]

Esteve no estrangeiro, em missão de estudo do sistema prisional, e, no ano de 1884, assumiu o cargo de Sub-Director da Penitenciária de Lisboa, quando esta cadeia começou a funcionar, passando a Director por morte do Dr. Jerónimo Pimentel.[1]

Tomou parte no Congresso Jurídico reunido em Lisboa em 1889, e ali apresentou um trabalho sobre assuntos penitenciários que mereceu elogiosas referências.[1]

Prosador brilhante, colaborou no "Jornal da Manhã" e no "Instituto de Coimbra".[1]

Em 1893, Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro confiou-lhe, num Governo a que presidiu, a pasta de Ministro da Justiça, em cuja gerência publicou diplomas notáveis, entre os quais se salientou o relativo à hospitalização de alienados. Elaborou, sobre a Penitenciária, importantes relatórios, considerados valiosos estudos de Direito Criminal.[1]

Em 1896, foi nomeado Par do Reino, ocupando, algumas vezes, o cargo de Presidente da sua Câmara dos Pares.[1]

Foi Vogal da Junta Geral do Distrito de Lisboa e 38.° Presidente da Câmara Municipal de Lisboa de 1904 a 1906/1907.[1]

A 17 de Setembro de 1904, sendo do Conselho de Sua Majestade Fidelíssima, Par do Reino, Ministro e Secretário de Estado Honorário, passou a ser Conselheiro de Estado (Diário do Governo, N.° 211, 21 de Setembro de 1904).[1][2]

Sendo Conselheiro de Estado e Presidente da Câmara dos Dignos Pares do Reino, foi o 306.° Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada a 6 de Maio de 1908 (Diário do Governo, N.° 102, 7 de Maio de 1908).[3]

Quando se implantou a República, recolheu-se à sua Casa de Tinjeiras, em Vila Real, onde faleceu.[1]

Entre outras obras, publicou:[1]

  • A lira meridional, colecção de poesias, s. d., que deve ter sido escrita entre 1860 e 1865[1]
  • Notice sur l'évolution du droit pénal portugais, 1888[1]
  • Estudos penitenciários e criminais, 1888[1]
  • Cadeias e manicómios - Uma reforma necessária, 1892[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 6. 184 
  2. Jorge Eduardo de Abreu Pamplona Forjaz. Mercês Honoríficas do Século XX (1900-1910). Lisboa, 2012. [S.l.]: Guarda-Mor. 52 
  3. Jorge Eduardo de Abreu Pamplona Forjaz. Mercês Honoríficas do Século XX (1900-1910). Lisboa, 2012. [S.l.]: Guarda-Mor. 97 
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Luís Mouzinho de Albuquerque António César de Vasconcelos Correia (interino) José António Ferreira Brak-Lamy José Dionísio da Serra José Xavier Mouzinho da Silveira Joaquim António de Magalhães José da Silva Carvalho (interino) Joaquim António de Aguiar António Barreto Ferraz de Vasconcelos • Manuel Duarte Leitão Manuel António de Carvalho João de Sousa Pinto de Magalhães Manuel António Velez Caldeira • Joaquim António de Aguiar (2.ª vez) António Vieira de Castro Francisco de Paula de Oliveira (não empossado) António Vieira de Castro (reconduzido) Passos Manuel (interino) António Dias de Oliveira (interino) José Alexandre de Campos João de Oliveira Manuel Duarte Leitão (2.ª vez; interino) António Fernandes Coelho (interino) João Cardoso da Cunha Araújo • António Bernardo da Costa Cabral Joaquim António de Aguiar (3.ª vez; interino) Joaquim António de Magalhães (2.ª vez; interino) Joaquim Filipe de Soure Junta Provisória de Governo Luís Mouzinho de Albuquerque (2.ª vez; interino) João Baptista Felgueiras António de Azevedo Melo e Carvalho Visconde de Algés Duque da Terceira (interino) Conde de Tomar (interino) José Bernardo da Silva Cabral (inicialmente interino) Conde de Tomar (interino) Duque de Palmela (interino) Joaquim Filipe de Soure (2.ª vez) Joaquim António de Aguiar (4.ª vez) José Jacinto Valente Farinho Manuel Duarte Leitão (3.ª vez) Francisco da Silva Ferrão Bernardo Gorjão Henriques (interino) Joaquim José de Queirós José Joaquim de Azevedo e Moura João Elias da Costa Faria e Silva • José Marcelino de Sá Vargas Félix Pereira de Magalhães • Marino Miguel Franzini (interino) Joaquim Filipe de Soure (3.ª vez) António Bernardo da Fonseca Moniz (não empossado) Rodrigo da Fonseca (interino) António Luís de Seabra Rodrigo da Fonseca (2.ª vez; interino) Frederico Guilherme da Silva Pereira Elias da Cunha Pessoa Vicente Ferrer António José de Ávila (interino) José Silvestre Ribeiro António José de Ávila (2.ª vez; interino) João Martens Ferrão Alberto António de Morais Carvalho • Gaspar Pereira da Silva • Anselmo José Braamcamp (interino) Gaspar Pereira da Silva (continuação) António Aires de Gouveia Júlio Gomes da Silva Sanches (interino) Augusto César Barjona de Freitas Visconde de Seabra (2.ª vez) António Alves Martins (interino) António Pequito Seixas de Andrade António Alves Martins (interino) António Pequito Seixas de Andrade (continuação) João José de Mendonça Cortês • José Luciano de Castro Duque de Saldanha (interino) José Dias Ferreira (interino) Marquês de Ávila (interino) António Alves Martins (interino) Augusto Saraiva de Carvalho José de Melo Gouveia (interino) José Marcelino de Sá Vargas (2.ª vez) Augusto César Barjona de Freitas (2.ª vez) António Cardoso Avelino José de Sande Magalhães Mexia • Augusto César Barjona de Freitas (3.ª vez) Tomás Ribeiro (interino) António Maria do Couto Monteiro • Adriano Machado António José de Barros e Sá Júlio de Vilhena Lopo Vaz de Sampaio e Melo Augusto César Barjona de Freitas (4.ª vez; interino) Manuel de Assunção • Francisco da Veiga Beirão José Luciano de Castro (interino) Francisco da Veiga Beirão (continuação) Lopo Vaz de Sampaio e Melo (2.ª vez) Emílio Brandão • Alberto António de Morais Carvalho (2.ª vez) António Aires de Gouveia (interino) António Teles de Vasconcelos António de Azevedo Castelo Branco • Francisco da Veiga Beirão (2.ª vez) José de Alpoim Artur de Campos Henriques Luís Pimentel Pinto (interino) Artur de Campos Henriques (continuação) José de Alpoim (2.ª vez) Artur Montenegro Artur de Campos Henriques (2.ª vez) José de Abreu do Couto de Amorim Novais • António José Teixeira de Abreu Artur de Campos Henriques (3.ª vez) João de Alarcão Conde de Castro e Sola Francisco José de Medeiros Venceslau de Lima (interino) Artur Montenegro (2.ª vez) Francisco da Veiga Beirão (3.ª vez) Manuel Fratel

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